Ainda sobre Histórias de Vampiros
Ao folhear (por acaso) este livro da Editorial Estampa encontrámos o conto intitulado " O Vampiro" de John Polidori (1819) do qual tínhamos estado a falar neste post. A coincidência fez com que (mais uma vez) interrompêssemos a leitura das Memórias Póstumas de Brás Cubas e lêssemos não só o conto de Polidori como todos os outros que compõem este "Histórias de Vampiros":
A Culpa é dos Padres - Bento XIV
A Vampira - Ernst Hoffman (1828)
O bom Vampiro - Charles Nodier (1831)
Berenice - Edgar Allan Poe (1835)
Teu amigo, o Vampiro - Conde de Lautréamont (1868)
Lokis - Prosper Mérimée (1869)
O Vampiro do Sussex - Arthur Conan Doyle (1927)
O Vampiro passivo - Ghérasim Luca (1945)
O Homem do segundo andar - Ray Bradbury (1947)
Confissão do Vampiro de Londres - John Haigh (1949)
Ordenada de forma cronológica, esta colectânea começa por uma carta escrita pelo Papa Bento XIV a um dos seus arcebispos aconselhando-o a "extirpar estas superstições" porque "existem padres que as fomentam" e que " só os vivos são culpados destas crendices". Uma espécie de desculpa para o que se segue? Todos os contos merecem ser lidos, embora os de Lautréamont e Ghérasim Luca não nos tenham suscitado grande entusiasmo. O ponto alto, na nossa opinião, talvez seja o último, uma vez que se trata de uma confissão verídica escrita por John Haigh quando já se encontrava na cela da morte a aguardar a sua execução. Um livro obrigatório de se ler para todos os fãs destas criaturas da noite ou do género, no geral.