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Outubro desde há uns tempos para cá tem vindo a ser por excelência no meio literário considerado o mês dedicado ao Terror. Pareceu-nos uma boa altura para reler Drácula de Bram Stoker, um clássico do terror, do gótico, do fantástico, como o quiserem classificar.
Hoje em dia os vampiros estão banalizados na nossa cultura, quer pelo cinema quer pela literatura, mas imaginem o impacto que este livro não terá tido quando foi publicado em 1897. Embora Drácula não tenha sido a primeira história de vampiros da História (essa honra cabe a John Polidori com o seu "The Vampire" de 1819), é de facto a mais icónica.
Lê-se em permanente tensão e sobressalto, mesmo que seja uma releitura (no nosso caso). O texto está carregado de uma atmosfera pesada e o género em que é escrito, predominantemente epistolar, deixa-nos completamente ligados aos protagonistas. Embora o conde Drácula só apareça esporadicamente, a sua presença é sentida durante todo o tempo.
Até há uns anos atrás, o Drácula era o vampiro mais famoso da literatura, tendo sido ultrapassado no princípio da década de 90 do século passado, pela dupla Louis e Lestat de Anne Rice e mais recentemente pelo Edward da série Twilight (e provavelmente tantos outros dos quais já não estamos a par). É natural, portanto, que não seja para as gerações mais novas o estereótipo de vampiro e que por esse motivo a leitura desta história possa desiludir. Importa pois não esquecer que este livro foi escrito em 1897 e deve ser lido tendo isso em conta.
Para nós é um dos grandes clássicos da literatura mundial, incontornável, que ganhou o seu lugar no Cânone Ocidental. Continua a provocar-nos arrepios!